quarta-feira, 6 de junho de 2012

Guerra Jurídica: Mais promessas e espera mantida

Mesmo sem uma solução imediata para o problema, os clubes que disputam a Série C saem otimistas de reunião
Ainda não surgiu uma definição total para o problema, mas os clubes que irão disputar a Série C do Campeonato Brasileiro estiveram reunidos ontem à tarde no Rio de Janeiro, tentando retirar todos os empecilhos que estão paralisando as Séries C e D. E saíram um tanto esperançosos da reunião desta terça-feira.


Técnico Nedo Xavier orienta seus jogadores enquanto espera uma definição Foto: Waleska Santiago

De acordo com informações do advogado dos clubes, Osvaldo Sestário Filho, 14 dos 20 times da Série C estiveram representados na reunião e o restante o fez através de procuração. Os dirigentes estiveram inicialmente reunidos entre si, em um hotel do Rio, e depois foram para a sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

Chegando ao prédio da entidade, os dirigentes não encontraram o presidente José Maria Marin - que está com a Seleção, em Nova Jersey, EUA), mas foram recebidos pelo diretor de competições da entidade, Virgílio Elísio. Todos os clubes manifestaram seus problemas com a paralisação do campeonato, com a ameaça do caos se instalando nas respectivas equipes.

Osvaldo Sestário ponderou à CBF que está surgindo um grande problema social, no momento em que 60 clubes ficam parados, sem a competição a eles destinada. "Se você for somar todos os profissionais envolvidos em 20 clubes da Série C e nos 40 da Série D, verificará que cerca de 2.400 pessoas no total, estarão sem emprego, sem salário e sem nada. Acrescente-se a isso que por volta de cinco contratos de publicidade de cada clube ficarão sem ser assinados ou cancelados por conta da falta de competição", argumentou Sestário.

´Ilegalidade´

De acordo com os clubes, com o advogado Sestário e - segundo ele - com a própria CBF, o que está se vivendo é uma ilegalidade, que afronta a Constituição Federal. "Vamos ter que peitar as liminares", esclarece Sestário.

Mas de que maneira isso será feito? O próprio advogado aponta a saída. "Inicialmente, os clubes fazem uma petição ao STJD para que ele retire a liminar que impede o início das Séries C e D. Como a pena para a CBF, se não incluir o Treze/PB e o Brasil de Pelotas é em dinheiro, pode-se começar logo a competição e depois questionar o mérito das liminares no Superior Tribunal de Justiça, em Brasília. Tanto o Treze como o Brasil de Pelotas não têm legitimidade para disputarem a Série C do Brasileiro e vamos mostrar isso no STJ", explicou Sestário.

Do Diário do Nordeste

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