A falta de energia no Hospital Municipal Dr. João Elísio de Holanda,
em Maracanaú, obrigou médicos a realizarem um parto sob a luz de
lanternas neste domingo (10).
A Companhia Energética do Ceará (Coelce) informou que a falta de energia no hospital durou 38 minutos.
De acordo com a assessoria da Coelce, a ocorrência teve início às
11h10 e foi finalizada às 11h48, quando técnicos corrigiram o rompimento
dos fios da rede de média tensão que, segundo a Companhia, foi atingida
por uma pipa.
A Coelce garantiu que o fornecimento de energia no local foi normalizado desde às 11h48 do domingo.
Apesar
do informado pela Coelce, a Prefeitura de Maracanaú disse que a queda
de energia teve início por volta de 11h deste domingo (10) durou
apenas cinco minutos.
Ainda segundo a prefeitura, a causa do
'apagão' foi oscilação no fornecimento da Coelce. Após sucessivas
oscilações, o gerador do hospital acabou sendo ativado e desativado
repetidamente e teve de ser acionado manualmente.
A prefeitura também esclareceu que a cesariana já estava em processo
de finalização. Tanto o bebê, quanto a mãe passam bem, de acordo com o
órgão.
Hospital da Mulher ainda não opera plenamente
Segundo
uma médica do hospital (identidade preservada), as cesarianas não estão
sendo realizadas no Hospital da Mulher de Maracanaú, porque o centro
cirúrgico ainda não está em operação.
“A mulheres que sofrem alguma complicação durante o parto no Hospital
da Mulher precisam ser levadas ao Hospital Elísio de Holanda, a cerca
de 100 metros de distância para realizar procedimentos cirúrgicos”,
disse a médica. Essa rotina só deverá mudar quando o centro obstétrico
do Hospital da Mulher for concluído.
Além disso, a médica
relatou que é comum faltar oxigênio canulado no Hospital da Mulher, e a
ambulância que deveria estar de prontidão 24 horas por dia na frente do
hospital nem sempre se encontra no local. “A falta de energia é só o
topo do iceberg”, afirma.
Quanto ao fornecimento de oxigênio, a
prefeitura diz que está sendo feito em cilindros enquanto a rede é
instalada. A prefeitura também nega a ausência de ambulância.
Essa reportagem foi sugerida pelo canal de participação VC-Repórter, onde os internautas podem enviar vídeos, fotos, flagrantes e sugestão de pautas.
Do Diário do Nordeste
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