A mulher acusada de matar, por espancamento, a filha em Pajuçara,
Maracanaú, confessou o assassinato, na tarde desta quarta-feira (09).
Zácara de Moura , de 23 anos, admitiu ter matado a menina Gabriela de
Moura Carvalho, em depoimento ao delegado Vicente Ferreira, titular do
29º DP.
O motivo do crime, de acordo com a confissão feita
ao investigador, teria sido "raiva e aborrecimento da mãe por ter de
cuidar da criança, que era asmática e tomava remédios controlados". Gabriela foi encontrada morta, na manhã de segunda-feira (07), com marcas de espancamento, na residência da tia, no bairro da Pajuçara, em Maracanaú.
Mãe chegou a alegar dengue
A mãe havia alegado, incialmente, que a filha tinha falecido vítima de dengue, mas desde o início admitiu que batia na criança.
O comportamento
frio da mãe, marcas compatíveis com as de espancamento no corpo de
Gabriela, que foi encontrada já em estado de rigidez, levantaram a
desconfiança do delegado responsável pelas investigações, que solicitou
exame pericial.
Na terça-feira (08), Ferreira declarou ao Diário do Nordeste Online que já tinha elementos suficientes para pedir a prisão preventiva de
Zácara. Ele havia apurado com vizinhos relatos de agressão constante e
gritos da menina. Na ocasião, houve ameaça de linchamento da acusada.
Homicídio triplamente qualificado e perda do poder materno
A
mãe de Gabriela foi indiciada pelo titular do 29° DP por homicídio
doloso (artigo 121), triplamente qualificado, com motivo, torpe, futil,
com uso de tortura e executado de modo calculista. Ela pode pegar mais
de trinta anos de prisão.
O delegado Vicente Ferreira pediu à
Justiça, ainda, a perda do poder materno de Zácara sobre a outra filha,
de 3 anos, em nome da avó da menina. Tão logo seja acolhido o pedido de
prisão preventiva ela será encaminhada ao presídio Auri Moura Costa.
Acusada pode ser ameaçada em presídio
Ferreira
disse que, nesse caso, vai solicitar reforço da segurança para Zácara
na penitenciária, pois teme que ela seja estrangulada. A prática é comum
contra mulheres acusadas de matar os próprios filhos.
Do Diário do Nordeste
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