A partir de hoje, os consumidores de Fortaleza e de outros 149
municípios cearenses passarão a pagar mais caro pela conta de água e
esgoto, com a entrada em vigor do reajuste de 12,91% na tarifa da
Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece). O aumento é um dos maiores
em pelo menos oito anos e foi aprovado pela Autarquia de Regulação,
Fiscalização e Controle dos Serviços Públicos de Saneamento Ambiental
(Acfor) e pela Agência de Serviços Públicos Delegados do Estado do Ceará
(Arce).
De acordo com a Arce, o reajuste tarifário varia de
acordo com o tipo de imóvel, sendo que a maior média de aumento ficará
para os imóveis residenciais (13,66%). Neste grupo, a categoria
residencial social, com demanda máxima de 10 metros cúbicos de água ou
10 mil litros, terá aumento de 6,15%. O residencial popular terá um
reajuste médio de 9,9%. Já para o residencial normal, a média será de
24,06%, uma vez que serão reduzidos os subsídios dados à classe, que
antes era de 37% e agora será de 17%. Nas categorias comercial,
industrial e pública, o reajuste será de 11,06%, 13,06% e 10,65%.
Justificativa
A
Cagece afirma que o objetivo do aumento tarifário é reduzir a defasagem
entre os valores da arrecadação e os custos operacionais da Companhia.
"Como a Cagece está há mais de um ano sem reajuste, o custo da operação
teve um acréscimo, resultando numa tarifa inviável, principalmente
diante da necessidade crescente de investimentos", diz o gerente de
Mercado e Concessões da Cagece, João Rodrigues Neto, acrescentando que o
custo pela prestação do serviço pago por cada metro cúbico de água pela
concessionária é de R$ 2,40. Segundo a Cagece, atualmente, a tarifa da
Companhia é a segunda menor do Brasil, perdendo apenas para o estado do
Maranhão,
Do Diário do Nordeste
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