A partir de hoje, a Assembleia muda a sua composição, embora que temporária em razão das eleições
Roberto
Cláudio disse que o PSB quer renovar compromissos para a cidade, mas em
nenhum momento houve crítica interna do PT à atual gestão FOTO: JOSÉ
LEOMAR
A partir de hoje a Assembleia Legislativa muda a sua
composição com a volta de alguns deputados que estavam ocupando cargos
de secretário de Estado. A surpresa, das exonerações feitas pelo
governador Cid Gomes, ontem, foi a inclusão do seu Chefe de Gabinete,
Ivo Gomes, sem nenhuma indicação de vir a ser candidato em Fortaleza, em
razão de ter domicílio eleitoral no Município de Sobral.
Os
deputados Professor Pinheiro, Nelson Martins e Camilo Santana, todos do
PT e Ivo Gomes, já podem voltar a ser deputados hoje. Ferrúcio Feitosa,
secretário Especial da Copa também foi exonerado. O nome dele é apontado
como um dos prováveis candidatos à Prefeitura de Fortaleza, juntamente
com o do deputado Roberto Cláudio, presidente da Assembleia.
O
deputado Mauro Filho, secretário da Fazenda, cujo nome estava apontado
como um dos que também seriam exonerados não foi. Mauro tem o seu nome
relacionado dentre os possíveis candidatos ao Governo do Estado, na
sucessão do governador Cid Gomes.
A exoneração dos secretários
está relacionado com a disputa eleitoral de outubro próximo. Todo aquele
que tiver pretensão de ser candidato a prefeito terá que estar
desincompatibilizado até o dia 7 de junho, quatro meses antes da
eleição. É o Calendário Eleitoral que determina.
Aliança
O
deputado Roberto Cláudio (PSB), presidente da Assembleia Legislativa,
voltou a criticar a maneira como o PT definiu seu candidato a prefeito
de Fortaleza, Elmano Freitas. Para Cláudio, opção do PSB para o caso de
candidatura própria, a prefeita Luizianne Lins e o PT impuseram o nome
de Elmano aos partidos que hoje formam a base aliada à prefeita na
Capital.
“É algo estranho se falar em aliança quando se impõe um
nome, quando se empurra goela abaixo um nome sem que haja diálogo prévio
com os aliados”, declarou Roberto Cláudio, acrescentando que formar
aliança eleitoral pressupõe que o candidato a ser lançado seja discutido
e compartilhado pelos partidos que formam a base eleitoral.
“É
no mínimo estranho e desconfortável para os partidos da aliança ter o
nome imposto para apoio sem que haja a possibilidade de discussão de
outros nomes. Grande parte dos aliados recebe com muito desconforto essa
imposição”, disse.
O presidente da Assembleia condena também o
fato de que, segundo ele, o PT escolheu seu candidato sem discutir
propostas para o que o deputado considera pontos negativos da
administração de Luizianne.
Crítica
“Há
(no PSB) o desejo de uma aliança que renove os compromissos com a
cidade. Em nenhum momento desse processo de escolha do PT se ouviu uma
crítica interna a respeito da atual gestão, uma solução para os
problemas graves da cidade. O que interessa agora para Fortaleza é o que
o candidato fará para responder aos problemas de uma saúde que não
atende a demanda, de uma educação que não educa as crianças e de uma
mobilidade urbana que cada vez mais aprofunda o problema do trânsito”,
argumentou o deputado Roberto Cláudio.
Na manhã da última
segunda-feira, o governador Cid Gomes (PSB), a prefeita Luizianne (PT), o
presidente nacional petista, Rui Falcão, e o deputado federal José
Guimarães estiveram juntos por cerca de uma hora na residência oficial
do governador para discutir a manutenção da aliança em torno da
candidatura de Elmano Freitas, sacramentado pelo PT no dia anterior.
Na
ocasião, segundo Rui Falcão, Luizianne disse que, para garantir a
aliança com Cid ela não interferiria na escola do candidato ao Governo
em 2014. Questionado se esse compromisso poderia fazer o PSB aceitar
Elmano, Roberto Cláudio manteve o discurso contrário à continuidade da
gestão Luizianne.
Do Diário do Nordeste
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