segunda-feira, 16 de abril de 2012

CSP opera em outubro de 2015

Em fase de instalação, com a realização de serviços de terraplenagem em parte dos 948,7 hectares adquiridos no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp), a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), já projeta para outubro de 2015, o início das operações comerciais da usina, que prevê para a primeira fase, a produção de três milhões de toneladas de placas de aço. A data consta em relatório da diretoria da CSP, divulgado ontem, juntamente com o quarto balanço contábil da empresa, instituída em fevereiro de 2008.

Relativo ao ano de 2011, o balanço patrimonial mostra que dos 948,7 hectares de terras, em São Gonçalo do Amarante, 349,7, ou 36,8%, foram adquiridos no ano passado e que o patrimônio imobilizado em curso da CSP evoluiu de R$ 26,2 milhões, para R$ 755,48 milhões. Estão registrados na conta "imobilizações em curso", os gastos ativáveis referentes à construção, como o projeto de engenharia ambiental, serviços de terraplenagem e orçamento, e análises fiscais e econômicas à implantação do empreendimento.

Expansão

As demonstrações de resultados do exercício findo em 31 de dezembro de 2011 revelam prejuízo de R$ 1,93 milhão no ano passado, valor 48,5% inferior ao prejuízo de R$ 3,76 milhões registrados no ano anterior, o que são considerados normais para um empreendimento em fase inicial de estruturação. O relatório mostra ainda, que a CSP expandiu seu capital social de R$ 84,8 milhões em 2010, para R$ 1,72 bilhão, em 2011, do qual R$ 1,017 bilhão encontra-se integralizado, em moeda corrente, dividido em quotas, ou ações, no valor nominal de R$ 1,00.

Riscos e contingências

Considerado um dos principais empreendimentos estruturantes do Ceará, a CSP ainda aguarda a finalização do processo de alfandegamento da Zona de Processamento das Exportações (ZPE) - área onde será instalada -, para iniciar os grande investimentos. Da mesma forma, atua com cautela em ações judiciais, chegando mesmo a avaliar como possível, conforme a opinião de seus advogados, "a possibilidade de perda" em ação movida pelo Ministério Público Federal (MPF), em face do Estado do Ceará e da Semace.

Na ação civil pública, o MPF pede a interrupção imediata do licenciamento ambiental de atividades localizadas no interior do Cipp; requer que o governo do Estado se abstenha de realizar qualquer ato desapropriatório na área a ser delimitada como terra indígena Anacé e que seja assegurado o uso e usufruto exclusivo da área pela etnia indígena.

A assessoria de imprensa da usina siderúrgica foi contactada pela reportagem, mas não conseguiu alguém para se pronunciar.

Capital social
1,72 bilhão de reais era o capital social da CSP, em dezembro de 2011, valor quase 20 vezes superior aos R$ 84,8 milhões contabilizados no fim do exercício de 2010.

Do Diário do Nordeste

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