O esquema montado pela Polícia Militar tornou difícil o contato entre torcedores rivais nos arredores do estádio. A presença reduzida de público, que não ultrapassou 15 mil pessoas, também facilitou o trabalho da PM.
Dentro do estádio, a barreira policial que separou as duas torcidas foi montada bem no meio das arquibancadas que ficam à frente das cabines de rádio e em nenhum momento houve alguma tentativa de invasão. Ao fim do jogo e com a derrota do Ceará, os torcedores alvinegros foram os primeiros a se retirar do PV. Das duas saídas disponíveis, apenas a da Rua Paulino Nogueira foi liberada, o que causou grande aglomeração de pessoas em um espaço reduzido.
Um pequeno tumulto sem maiores problemas ocorreu no local. Para o advogado Paulo Fernandes, que estava no local no momento do tumulto, a estratégia da PM foi equivocada, pois um verdadeira multidão teve que se espremer um corredor estreito dentro do PV. "Já que a apenas a torcida do Ceará estava saindo, deviam liberar as duas saídas. É nesse momento que os bandidos se aproveitam para furtar algum torcedor", criticou.
Sem problemas
Para o major George Benício, da Companhia Independente de Policiamento de Eventos (Cipe), que comandou a operação da PM no PV, o clássico foi realizado de acordo com o que se havia pensado pela polícia. "O planejamento deu certo. As torcidas saíram sem problema", disse o major após o fim da partida. Ele acrescentou que "alguns torcedores insistem [em desobedecer] por morar perto, mas temos que conter e evitar a passagem deles". Quanto ao clássico do returno, o major concluiu: "vamos analisar e fazer todo balanço para definir o próximo. Mas a organização desse foi positiva".
Fora do estádio, a PM teve trabalho para dispersar alguns grupos que marcaram brigas em áreas próximas ao PV, em locais como a Avenida José Bastos.
Fonte: Diário do Nordeste
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