quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

CID NÃO VAI INTERVIR NA DECISÃO DO MP DE INVESTIGAR GREVE DA POLÍCIA



O governador Cid Gomes disse, na manhã desta quinta-feira (16), que não vai intervir na decisão do Ministério Público do Ceará (MP-CE) de investigar supostos crimes cometidos por policiais e bombeiros militares durante a greve, deliberada no início do ano.
“Se vai, vai. Porque ele tem poder pra isso, pra abrir [a investigação contra os PMs] e a justiça é quem vai decidir”, disse Cid durante um “Café Político” com jovens empresários, na Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC).
Acordo
Durante a entrevista o governador lembrou que o acordo entre os policiais para por fim a greve era conceder a gratificação de R$ 920 e “enviar à Assembleia um pedido de aprovação para que a Corregedoria não abrisse ou não desse sequência aos processos, alguns deles até já instaurados, referentes ao movimento que é flagrantemente proibido, até pela Constituição. E acordo se cumpre, da nossa parte, nós cumprimos”, afirmou.
Punição
O pedido do MP foi feito em janeiro e, em seguida, encaminhado ao Comando da Polícia Militar e dos Bombeiros, que tem até março para apresentar um resultado. Caso seja confirmado o crime, os grevistas podem responder por motim, depredação de patrimônio público, além de abandono de função, com pena de até 20 anos de prisão e expulsão.
Cid não vai interceder
Questionado se iria interceder pelos policiais, Cid Gomes foi taxativo. “Eu não vou pedir ao Ministério Público. O Ministério Público tem iniciativa pra qualquer coisa, pra qualquer coisa. O Ministério Público, se desejar, eu não vou nem comentar”, disse o governador. Ele ainda afirmou que o órgão tem deveres e naturalmente a justiça é quem dá a palavra final.
Insegurança e caos
Durante a greve, que acabou no dia 3 de janeiro, os policiais esvaziaram pneus das viaturas, e deixaram de circular pela cidade, causando pânico na população. Neste mesmo dia, a cidade viveu momentos de insegurança, em que foram registrados arrastões e estabelecimentos comerciais tiveram de fechar as portas mais cedo.

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