Brasília – O
horário de verão acaba no dia 26 de fevereiro, mas quem tem mais
dificuldade em se adaptar à mudança deve começar a preparar o organismo
com antecedência, antecipando o horário de dormir cerca de dez minutos a
cada dia. A orientação é do coordenador do serviço de neurologia do
Hospital Anchieta, Ricardo de Campos. “Ao invés de esperar o dia da
virada do horário, o interessante é que a cada dia fosse dormindo dez
minutos mais cedo, até estar dormindo uma hora mais cedo, e o corpo não
vai padecer”.
O médico
explica que as mudanças sentidas pelo organismo com o início ou o fim do
horário de verão são por causa de hormônios como o cortisol e a
melatonina, que regem o nosso relógio biológico e são secretados de
acordo com o tempo de exposição ao sol e à escuridão. “Dessa forma, todo
o metabolismo do organismo passa a se pautar de acordo com as taxas de
secreção desses hormônios. Quando uma hora do dia é suprimida ou
acrescentada, passa a ter alterações nesse metabolismo”.
Os efeitos
dessas mudanças, segundo Campos, vão desde alterações no sono, que podem
causar irritabilidade, estresse e baixa produtividade, até o aumento da
instabilidade vascular. Além dos idosos, as mulheres sentem bastante as
mudanças de horário, pois têm diversas oscilações no organismo
relacionadas à produção de hormônios. “Mudanças abruptas no nosso
relógio biológico trazem malefícios incontestáveis em relação à saúde”,
diz o especialista.
O governo
federal ainda não tem um balanço da economia de energia proporcionada
pelo horário de verão neste ano, mas a expectativa é que a mudança gere
uma redução entre 4,5% e 5% na demanda de energia do horário de pico,
nas regiões onde o sistema foi adotado (Sul, Sudeste, Centro-Oeste e na
Bahia). A redução total de consumo para o país deve ficar em torno de
0,5%, com uma economia entre R$ 75 milhões e R$ 100 milhões para o país
durante o período.
O secretário
de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia, Ildo Grüdtner,
explica que o principal ganho para a sociedade com a adoção do horário
de verão é o aumento da segurança e da qualidade do suprimento de
energia. Além disso, com a redução da demanda, não é preciso fazer novos
investimentos em usinas hidrelétricas ou acionar energia de usinas
termelétricas para complementar o fornecimento de energia.
Fonte: Blog do Macário Batista
Segundo ele,
a redução do consumo de energia, proporcionada pelo aumento da
utilização da luminosidade natural, não chega a ser sentida na conta de
luz dos consumidores. “O consumidor sentiria se tivesse que fazer
investimentos, aí apareceria um acréscimo na conta de luz”, disse
Grüdtner à Agência Brasil.
De acordo
com o secretário, existem pesquisas que mostram a aprovação da população
ao horário de verão, e a extinção da mudança não está nos planos do
governo. “Pode até ser avaliado no futuro, mas em princípio sempre é um
ganho. Se a sociedade inteira ganha com a aplicação do horário de verão,
por que vou deixar de utilizar?”
Neste ano, o
horário de verão começou no dia 16 de outubro, e terá uma semana a
mais, porque a data estabelecida para o fim do horário diferenciado, que
é o terceiro domingo de fevereiro, em 2012 coincidiu com o feriado do
carnaval.
Fonte: Blog do Macário Batista
Fonte: Blog do Macário Batista
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