Após realização de assembleia, os Policiais Militares e Bombeiros do
Ceará resolveram paralisar as atividades por tempo indeterminado, no
início da noite desta quinta-feira (29). O comandante-geral da Polícia
Militar do Estado do Ceará, coronel PM Werisleik Ponte Matias, negou que
haja paralisação.
Os profissionais se reuniram na tarde de hoje para decidir os rumos da
campanha salarial e, após tensa discussão e por unanimidade de votos,
os profissionais resolveram cruzar os braços durante a festa de
Réveillon em Fortaleza. Após a reunião, a categoria se dirigiu ao
Ginásio Poliesportivo da Parangaba, onde todo o efetivo deverá
permanecer até que haja uma negociação com o Governo do Estado.
Os manifestantes garantem que se o Governo não oferecer uma proposta à
categoria até este sábado (31), não haverá efetivo de policiais
militares e bombeiros durante a festa organizada pela Prefeitura
Municipal na Praia de Iracema e demais polos da Capital.
A campanha por reajuste salarial, aumento do efetivo, além da anistia
dos militares que estão respondendo a processos estão entre as
reivindicações da categoria.
O representante da comissão de Direito Sindical da Ordem dos Advogados
do Brasil no Ceará (OAB-CE), Tiago Pinheiro, afirmou que a manifestação
dos profissionais é legal; mas a paralisação, não.
A assessoria da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social
(SSPDS) assegurou que o efetivo de policiais militares e de bombeiros
está garantido em Fortaleza.
- Todas as escalas estão sendo cumpridas. Não há absolutamente nada fora do normal.
A SSPDS alegou ainda que o que houve foi um "movimento político
manipulado por pessoas de fora do sistema, sem representatividade
alguma”. Caso seja identificada qualquer atitude no sentido de
indisciplina, a secretaria afirma que "medidas cabíveis serão adotadas
de acordo com a Lei".
Guarda Municipal
Na tarde desta quinta-feira, a prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins,
defendeu que a festa de Réveillon em toda a cidade está resguardada pelo
efetivo da Guarda Municipal.
- A população não pode pagar o preço por este momento. Não cabe deixar
a população refém de medo ou qualquer tipo de coisa que de fato está
descartado.
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